segunda-feira, 26 de julho de 2010

Racing Festival - Londrina parte 1


A equipe em Londrina foi composta pela família e amigos. Obrigado Mari, Lú, Dago, Lilla e Vini!

O (mau) resultado do fim de semana eu já contei, agora vou escrever coisas que me vieram a cabeça hoje e que pode ou não fazer sentido há vocês.

O que um piloto precisa para ir bem a uma prova? Descanso, concentração, alimentação correta e bom preparo físico são coisas triviais, sem contar um ótimo equipamento, no caso, uma boa motocicleta.

Eu não tive nada disso durante essa etapa, e o culpado, sou EU. Claro que posso reclamar da falta de grana (aliás, temos novos parceiros que vou agradecer no próximo post). Posso também falar que meus oponentes estavam fora do regulamento, dizer que as poucas horas de sono me fizeram mal, e também que a falta de peças reserva me impediam de arriscar um tombo para ir mais rápido.

Fotos do João Lisboa, que aparece na imagem em forma de sombra. João, cadê os cabelos?


Na verdade tudo isso faz parte do contexto, mas eu aceitei isso no começo e resolvi que lutaria com as armas que tenho. Não posso me queixar agora, e tenho que admitir que nessa etapa tudo estava errado ao ponto de eu não me divertir em nenhum segundo sequer. Pela primeira vez fiquei com medo de me machucar, algo impensável todas as vezes que subi em algum veículo de corrida para andar o mais rápido possível.

O dinamômetro da prova mostrou que a minha Hornet tinha 7cv a menos que a moto dos ponteiros. Eu e meu irmão trabalhamos nela todos os dias até tarde, fizemos todos os ajustes possíveis para ter na primeira bateria do domingo um equipamento um pouco melhor. Mas na verdade não deixei transparecer a ninguém que o problema não era só a moto. Eu não estava em um bom fim de semana e não tinha a menor chance de acompanhar pilotos excepcionais como Danilo Lewis, Fábio Peason e Maicon Teixeira.

Isso não significa que são melhores ou piores que eu, acho apenas que eles estão um passo a frente e merecem isso. Confio no meu potencial e sei que com mais treino, preparação física e também algumas horas e investimento na moto, posso vencer a próxima etapa e começar uma corrida rumo à liderança. Com a quinta colocação no certame, há um ponto do quarto e mais alguns do terceiro, nada é impossível!

Depois volto para postar mais fotos com legendas.

3 comentários:

  1. Pois é velhinho... Acho o quinto, quase quarto, no campeonato bem legal e sei que você deu o máximo que o dia e o conjunto de condições te permitiam... Mas sei que você está uma fera! Corri de MX durante muitos anos e sou jornalista especializado por um tempo muito maior. Nessa trilha, conheci poucas pessoas com um foco e determinação tão grandes e com uma profunda insatisfação quando sabe que o resultado não esteve 100% dentro do esperado. Acompanho, de perto, a sua difícil preparação e, muitas vezes, tenho uma parcela de culpa nas noites mal dormidas (cobrando os textos que você deve pra QR MOTO). Sei também, que existem equipes muito mais estruturadas e ricas e que, nas categorias com preparação controlada, nem sempre os regulamentos são integralmente cumpridos, o que te expõe a riscos muito maiores para acompanhar o trem de corrida com um equipamento visivelmente infe rior. Fora isso tudo, não tem quase nenhum "bobinho" participando dessa categoria... Considerando tudo isso, e ainda que em uma corrida o neguinho precisa buscar o limite (senão é melhor que vá fazer outra coisa), mas que é burrice ultrapassar, com frequência, esse limite, se expondo a riscos exagerados, também acredito que você têm braço e todas as condições para vencer corridas e que vai fazer de tudo para consegui-lo...
    Portanto, não adianta eu dar uma de "tia velha" e falar para você respeitar os limites e diferenças de equipamento ou estrutura; sei que quando a viseira fechar seu foco será sempre que não tenha ninguém na sua frente! Então, acelera, mané... eu vou torcer!

    Marcelo Brettas

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  2. "Never a failure, always a lesson!"
    ..a acelera, pq tb estou na torcida.

    João

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  3. Pois é velhinho...boa essa do Marcelo.
    E como diz o Joao, sempre temos que tirar uma lição daquilo que estamos insatisfeitos.
    Quem sabe nesta eu paro de fumar.

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